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domingo, 31 de agosto de 2014

FRAGILE DREAMS: QUANDO VOCÊ ESTÁ SOZINHO NO MUNDO

Abertura da nova seção de reviews de J-RPGS no Nahel Argama com um jogo não tão notado em um console não tão amado por muitos gamers fãs do gênero.
Fragile Dreams: Farewell Ruins of the Moon é um jogo desenvolvido em parceria entre a Namco e Tri-Crescendo para o Nintendo Wii. Lançado em 2009 no Japão e aparecendo em terras ocidentais no ano seguinte, o jogo conta a história de Seto, o único personagem jogável que havia acabado de perder seu avô, seu único parente, e que agora precisava encontrar sobreviventes. Não muito tempo depois, Seto se depara com uma garota de cabelos brancos que o teme, assim, fugindo. Tomando conhecimento que talvez não fosse o último humano vivo no planeta, Seto sai em uma missão atrás da misteriosa garota, dando início a aventura.
Fragile Dreams recebeu um gameplay adequado ao controle do Wii. Não sendo um RPG genérico, o Wii Remote é usado apenas como lanterna; cansativo? Sim, mas não deixa de ser uma ótima combinação com o cenário do jogo, que em muitas cenas é escuro a ponto de te fazer forçar a vista. Claro, a lanterna não é o único “objeto” do protagonista; este também recebe um arsenal diferente de armas que vai desde um taco de golf até uma katana.
Talvez você esteja pensando: “Se Seto é o único humano e este utiliza armas para se defender, quem seriam seus inimigos?” O jogo utiliza de cachorros selvagens e corvos até máquinas de batalhas e espíritos das pessoas para acabar com você. Pode dar uma ideia de um jogo de sobrevivência ou terror, mas Fragile Dreams é voltado ao emocional.
Em sua jornada, Seto encontra um personagem novo por dungeon que o faz companhia: P.F., um computador falante que o guia no início do jogo; Crow, o primeiro amigo de Seto e que tem amnésia (e que faz sucesso no shipping do jogo. Pois é, tem fanservice até pra fujoshis); e Sai, uma fantasma que passa a maior parte do jogo com Seto. Uma figura interessante no jogo é o Vendedor, uma criatura que anda com um carrinho de mercado e com uma cabeça de galinha; ele é a única “loja” do jogo. Essencialmente temos Ren, a garota por quem Seto procura durante o jogo inteiro, que não apenas desperta interesse no protagonista, como também liga os mistérios da história.
Desde o começo Fragile Dreams carrega um fator especial: memórias. Objetos que você encontra no decorrer do jogo são lembranças, pensamentos de seus donos enquanto estavam vivos. Algumas histórias chegam a ser emocionalmente chocantes, embora sejam curtas.
Como já citado acima, o jogo é focado no sentimento do que no gameplay. Não espere dificuldades, nem lutas épicas com “chefões”. A magia está concentrada nos cenários, nos personagens e principalmente nas histórias, sejam elas fragmentos daqueles que já morreram ou a história principal do jogo, que carrega respostas pras perguntas que surgem na cabeça do jogador, como por exemplo: “O que aconteceu com as pessoas?”, “Como o mundo ficou deste jeito?”.
Apesar de sua plataforma ser o Wii, este aproveita maravilhosamente todos os detalhes, sem muitas falhas a serem criticadas graficamente. Muito pelo contrário, é de se elogiar o trabalho das duas equipes produtoras do jogo. Tanto a trilha sonora quanto a dublagem americana estão de parabéns. Diferente de muitos RPGs, Fragile Dreams, no geral, recebeu um bom tratamento na área da dublagem. Mas para os que não gostam e fazem questão da dublagem japonesa, a XSEED manteve a opção de audio original na versão ocidental do jogo.
Sem muitos contras, Fragile Dreams: Farewell Ruins of the Moon é uma ótima experiência para aqueles que querem jogar algo de novo no Wii. Recomendo fortemente para aqueles que não fazem questão de gameplay, ou uma épica e agitada história.

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