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terça-feira, 31 de março de 2015

REVIEW WHITE NIGHT Apesar de ter uma boa dose de suspense, White Night tem câmeras fixas e mortes constantes que se tornam cansativas e frustrantes. Saiba mais no review completo!

White Night é um jogo de terror parecido com um “film noir.” Lançado para PS4Xbox One e PC, o título coloca o jogador em um cenário dos anos 30, misturando elementos de games como Amnesia e Resident Evil. Apesar de ter uma boa dose de suspense, além de equilibrar muito bem ambientação e som, as câmeras fixas e mortes constantes se tornam cansativas e frustrantes. Confira a análise completa.
White Night (Foto: Divulgação)White Night (Foto: Divulgação)

Entre a luz e a sombra

A história é o primeiro elemento que imerge o jogador na ambientação. O título pega carona no melancólico período da Grande Depressão, a devastadora crise econômica da década de 30, e usa o contraste do preto e branco para dar vida ao clima de terror e suspense que revela aos poucos a misteriosa trama.
O jogo começa quando o protagonista perde o controle do carro ao atropelar uma jovem no meio da estrada. Após sofrer um acidente, ele se encontra confuso e machucado, procurando pela garota que ainda poderia estar viva. Sem sucesso na busca, ele parte em direção à mansão Vesper em busca de ajuda e acaba preso dentro dela.
A mansão Vesper esconde vários segredos e mistérios (Foto: Divulgação)A mansão Vesper esconde vários segredos e mistérios (Foto: Divulgação)
Apesar de ter uma série de clichês, a narrativa é interessante e desperta curiosidade enquanto o jogador busca por livros e anotações na mansão. Ele se inspira em alguns clássicos do terror para contar sua história através dos quebra-cabeças e consegue fazer isso de um jeito intuitivo e desafiador. Infelizmente, a empolgação e curiosidade não duram até o final do game, já que a história acaba sendo previsível.

Com medo do escuro

A jogabilidade lembra bastante o estilo de Amnesia, onde o jogador usa a luz para revolver quebra-cabeças e sobreviver. O game também possui mecânicas de movimento parecidas com a do primeiroResident Evil, além das clássicas câmeras com ângulos fixos, conhecidas por serem campeãs em frustrar jogadores.
Seu objetivo é procurar pistas para escapar da mansão (Foto: Divulgação)Seu objetivo é procurar pistas para escapar da mansão (Foto: Divulgação)
O game consiste em encontrar documentos, gerenciar sua quantidade de fósforos e resolver quebra-cabeças para avançar para o próximo capítulo, em um total de cinco. Esses puzzles são simples e dinâmicos, com algumas exceções que exigem processo maior de tentativa e erro. Entre um e outro, você ainda experimentará sustos e situações com objetos perturbadores, lembrando também a mansão Spencer de Resident Evil.
A jogabilidade funciona bem, menos quando ela é afetada pelas câmeras fixas. Graças à elas, você vai experimentar várias mortes frustrantes ao virar para o lado errado quando encontrar um fantasma. Para complicar, você só pode salvar o jogo em uma poltrona iluminada, localizada em pontos bem espalhados e confusos da mansão.
Você provavelmente vai se pegar voltando para salas bem longe do seu objetivo só para poder salvar e não perder todo o progresso. Isso sem contar que os fantasmas costumam aparecer logo depois da conclusão de um puzzle ou no fim de uma longa cutscene (e você não pode escapar delas). Por fim, dar de cara com um fantasma e morrer instantaneamente acaba se tornando comum, cansativo e repetitivo.
A câmera fixa pode atrapalhar e causar mortes instantâneas ao encontrar fantasmas (Foto: Divulgação)A câmera fixa pode atrapalhar e causar mortes instantâneas ao encontrar fantasmas (Foto: Divulgação)

Uma viagem aos anos 30

Outro detalhe marcante de White Night é a a direção de arte inspirada em um “film noir.” Esse elemento é complementado pela narrativa para criar o grande destaque do título, que é exatamente a sua ambientação. O visual é todo em preto e branco, misturando luzes, sombras e silhuetas para criar todos os efeitos.
Os gráficos são muito bonitos, e o uso das duas cores é essencial para criar os quebra-cabeças e toda a mecânica do game, que lembra um pouco Neverending Nightmares. Infelizmente, o título não merece só elogios. Os modelos de objetos e dos próprios personagens precisam ser aprimorados, e as imperfeições aparecem bastante nas cutscenes.
Uma luz pode salvar a sua vida (Foto: Divulgação)Uma luz pode salvar a sua vida (Foto: Divulgação)

Trilha sonora e dublagem

A trilha sonora complementa a ambientação de forma excelente. Com o som do piano de fundo, você certamente vai se sentir dentro de um filme “noir” da década de 30. Os sons graves e bizarros do ambiente são bem utilizados e combinados com o jazz, os sustos e os momentos de suspense. A dublagem (em inglês) também é bem feita e não deixa nada a desejar.

Conclusão

Para quem é fã de suspense e de mecânicas clássicas de games como Resident Evil, o título é uma boa pedida. Apesar de não ter uma história tão criativa, ele consegue contá-la de forma interessante, usando mecânicas simples e quebra-cabeças. Faltam ainda alguns aprimoramentos, mas a ambientação é quase impecável, usando de forma inteligente luz e sombra na jogabilidade. No geral, White Night é uma boa experiência de terror que infelizmente apresenta problemas frustrantes.

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