Assassin’s Creed Chronicles China é o novo game da famosa série de ação da Ubisoft que chegou aoPS4, Xbox One e PC, mas de uma forma bem diferente. Ele é um jogo de aventura com gráficos 3D e jogabilidade 2D, similar a sucessos como Mark of the Ninja e Deadlight. Confira o review e saiba como ficou o game:
China, 1526
Assassin’s Creed Chronicles China tem uma protagonista que pode ser familiar para quem acompanha a série de perto. Aqui vemos Shao Jun, uma assassinsa chinesa que estrelou o curta-metragem de animação Assassin’s Creed Embers, que contava o final da vida de Ezio, um dos personagens centrais de toda a saga.
Assassin’s Creed Chronicles (Foto: Divulgação)
Após encontrar Ezio e treinar suas habilidades, Shao Jun retorna para a China para lidar com novos problemas e estabalecer novamente o domínio da Irmandade na região, que estava corrompida e desfeita há algum tempo. Agora mais habilidosa e com experiência de sobra, Shao Jun vai encarar os templários de frente.
A história é bem básica e não surpreende tanto, mas não é o foco principal neste game, que apenas passa por cima de alguns diálogos apresentados ao jogador com animações simples e legendas em português. A jogabilidade que é o ponto mais importante de “Chronicles”, ainda que não seja exatamente uma novidade.
Shao Jun vai reestabelecer a ordem dos Assassinos na China (Foto: Divulgação)
Assassinos 2,5D
Assassin’s Creed Chronciles tem a jogabilidade comumente chamada de “2,5D”, quando usa gráficos 3D, mas movimentação 2D pela tela. Isso não é bem novidade na série, já que foi a jogabilidade usada em games da marca lançados em plataformas mobile, como iPhone e iPad, mas aqui a coisa está um pouco mais caprichada.
No controle de Shao podemos andar para os dois lados da fase, lembrando ainda Castlevania, em termos de exploração de ambientes. Porém, as maiores inspirações do jogo vem de títulos mais recentes, como Mark of the Ninja, Deadlight e Batman Arkham Origins Blackgate.
Assassin's Creed retorna em visual 2D com gráficos 3D (Foto: Divulgação)
Podemos dizer que a jogabilidade entre AC Chronicles e esses três exemplos é bem similar, muito próxima, o que reforça a ideia de que a Ubisoft é uma ótima produtora para pegar conceitos já existentes e torná-los em ferramentas bem utilizadas em seus próprios jogos – dificilmente usando algo original, mas sabendo explorar bem o que já existe.
Assim, espere controlar Shao em diversos momentos furtivos ao longo das fases. Como boa assassina, ela deve passar sem ser percebida e, em alguns casos, eliminar seus alvos sem ser notada. Na verdade, o jogo te encoraja a todo o momento a não se deixar notar e apenas matar pessoas em último caso, quando não há outra alternativa.
Combates não são o foco da nova aventura (Foto: Divulgação)
Para controlar uma possível “matança” por parte do jogador, o próprio game oferece rankings, que variam entre bronze, prata e ouro, de acordo com cada segmento da fase que você avançar, se matar mais do que deveria ou se não utilizar as ferramentas que estão a seu dispor.
O mais divertido é que as fases são desenhadas de uma forma que te instiga a realmente ser furtivo. Se correr demais, e não andar abaixado, os inimigos podem te notar, então não tenha pressa. Se não se esconder na hora certa, um inimigo pode te notar e investigar aquele local, e por aí vai. Ao longo das fases, os momentos de furtividade ficam mais difíceis – e com mais elementos para serem contornados – o que deve agradar quem busca uma certa variedade.
Assassin's Creed Chronicles China (Foto: Divulgação)
Na verdade, apesar de utilizar um conceito que é até meio batido, Assassin’s Creed Chronicles se sai bem ao apresentar uma aventura que se diverte e tem a dificuldade configurada no ponto certo, sem ser impossível de vencer e, ao mesmo tempo, ter algumas facilidades legais, que vão fazer com que o potencial de sua personagem seja alcançado de forma plena.
O game é bem “redondinho” em termos de desafio e jogabilidade. As batalhas, que não são encorajadas, são bem difíceis de se vencer sozinho, se você for encurralado pelos guardas, e por isso mesmo não há comandos tão complexos para lutar, apenas para abater alvos de forma furtiva. Se morrer, volte apenas um pouco, até certo checkpoint, o que não deve irritar os jogadores.
Até o clássico feno está presente na aventura (Foto: Divulgação)
Inspiração oriental
Assassin’s Creed Chronicles peca, porém, em outros elementos. Apesar de ter uma jogabilidade bem divertida e equilibrada, o mesmo não pode ser dito do visual geral. Com gráficos bem simples, o game falha ao impressionar visualmente, principalmente em termos de cenários e inimigos – que serão genéricos até dizer chega.
É claro que por um jogo de US$ 10 não podemos esperar muito e, por mais que a inspiração oriental, de aquarelas de pintura e obras chinesas sejam um dos pontos explorados pela direção de arte, o game não tem muito sucesso em traduzir esse sentimento e a empolgação visual ao jogador ao longo das fases.
A história também é bem curtinha, apesar de interessante, e quando você se empolgar pode começar a se decepcionar também, já que o game pode se encaminhar para o fim sem que você nem mesmo perceba. Ainda assim, e principalmente pelo preço, Assassin’s Creed Chronicles China vale o tempo investido. Resta aguardar pelos próximos capítulos da trilogia, com mais dois que se passarão na Índia e Rússia.
O visual do game não é o melhor do mundo (Foto: Divulgação)
Conclusão
Assassin’s Creed Chronicles: China é uma nova forma de encarar a série da Ubisoft de ação e aventura. Ainda que use elementos já estabelecidos por outros jogos, como a progressão e fases “2,5D”, o game é divertido o suficiente para te tomar algumas poucas horas – poucas mesmo, pois ele é bem curtinho. Os gráficos não impressionam, mas Shao Jun é uma boa personagem e faz por merecer uma aventura própria.
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