Review: Foul Play revitaliza o gênero Beat 'em up com proposta inovadora
Foul Play traz diversas inovações ao já cansado gênero Beat 'em up. O jogo para Xbox 360 e PC transforma as famosas fases de progressão horizontal de diversos clássicos dos anos 80 e 90, como Double Dragon, Final Fight e Streets of Rage, em uma inusitava encenação teatral. Confira mais detalhes na nossa análise abaixo.
Foul Play (Foto: Reprodução)
Senta (a pancadaria) que lá vem história
O jogo conta a história do Barão Dashforth e seu fiel escudeiro Scampwick, dois renomados caçadores de demônios, de forma inusitada. Toda a campanha é apresentada na forma de uma peça de teatro, na qual inimigos são atores e cenários se montam e desmontam diante dos olhos do jogador.
Criatividade inusitada
O jogo em si é um Beat 'em up simples, sem muita inovação. Com golpes limitados, o jogo dá grande foco à execução de longos combos, que animam a plateia da peça. Ao passar de 30 golpes, o público começa a gritar e bater palmas, ao chegar no combo de 50 acertos, o público fica extasiado, berrando em uma festa enorme. Além disso, esta interação entre palco e plateia traz outro elemento inovador ao título: a ausência de barra de vida para os personagens, que se mantêm vivos de acordo com a animação do público.
Consequentemente os comandos servem ao sistema de combate e, felizmente, funcionam bem, tornando a tarefa de emendar combos monstruosos mais simples. O lado negativo fica por conta da falta de interação entre Dashforth e Scampwick, e a pouca variedade de golpes. Defeitos que tornam Foul Play um pouco entediante.
Foul Play (Foto: Divulgação)
As histórias do Barão são narradas em cinco fases distintas e, apesar de ficar presa a um palco, o jogo possui uma grande variedade de cenários, inimigos e chefes. Múmias, lobisomens, soldados chineses e ursos passam por cenários montados, como desertos, florestas, tumbas e muito mais. Cada fase conta uma história diferente, mas trazem longas e repetitivas lutas contra chefes.
Cenografia e Sonoplastia hollywoodianas
Todo visual do jogo é bem simples, porém muito caprichado e detalhado. Os ambientes se formam diante dos olhos do jogador, representando a montagem do cenário da peça de teatro. Esses detalhes, somados aos inimigos/atores, que saem de cena tentando se esconder, variam bastante e dão um brilho a mais ao título da quase desconhecida Mediatonic. Todas as falhas de peças teatrais amadoras surgem no decorrer das fases, sendo é possível ver o contra-regras conversando com os atores, dentre outros fatores engraçados.
Foul Play (Foto: Divulgação)
Já o som do jogo possui limitações técnicas. A música em todo o game é muito boa, mas são leves variações de uma mesma canção. Pode ser que não chegue a cansar, mas ela ficará presa na sua cabeça. Neste ponto, Foul Play não se destaca da maioria dos títulos do gênero e apresenta efeitos sonoros de qualidade, mas repetitivos e limitados, além de não contar com nenhum tipo de narração.
Conclusão
O jogo é bem longo e divertido para ser jogado por duas pessoas. Toda a encenação em cima da história que é contada pela dupla dá um ar bem diferente ao título, porém a falta de interação entre os dois personagens, somada ao excesso de inimigos e aos chefes chatos, tiram grande parte do brilho do título. Visual bonito, música marcante, porem repetitiva, e diversos pequenos elementos inovadores fazem de Foul Play digno de atenção.
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