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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Review: Charlie Murder mistura pancadarias e muito Rock'n Roll


Charlie Murder é um beat’em up em duas dimensões com muito estilo. Fiel a todas as fórmulas recentes acrescentadas a este gênero (como a ênfase nos elementos de RPG também encontrada em Scott Pilgrim e Castle Crashers) o novo jogo da Live Arcade é visualmente impressionante e muito divertido de se jogar com seus amigos.
Charlie Murder  (Foto: Divulgação)Charlie Murder (Foto: Divulgação)
Um rivalidade de outro mundo
Em Charlie Murder nós encontramos a história de uma banda de Punk Rock americana no início de sua carreira. Depois de expulsar o segundo guitarrista de suas fileiras, o revoltado Paul decide montar uma banda rival de Heavy Metal e aproveita a ocasião para ir até o inferno e fazer um pacto com o capeta. A partir daí o apocalipse chega a Terra e os membros do Charlie Murder devem salvar o planeta e perseguir o estrelato.
O jogo inicia com o seu personagem no inferno, lutando pela sua alma contra demônios bizarros. Aos poucos você sobe em direção a Terra, e encontra o seu corpo moribundo sendo ressuscitado por um paramédico com um desfibrilador. Ao despertar, o jogo realmente começa e você estará pronto para combater as forças de Satã e os membros da banda rival de Heavy Metal.
Charlie Murder apela no gore e na violência (Foto: Divulgação) (Foto: Charlie Murder apela no gore e na violência (Foto: Divulgação))Charlie Murder apela no gore e na violência (Foto: Divulgação)
Golpes e habilidade especiais
Charlie Murder não poderia ser mais tradicional, como todo bom beat’em up, você e mais três amigos correm as ruas de uma cidade em 2D lutando contra todo tipo de criatura. A jogabilidade é bastante responsiva, mas o sistema de luta não é profundo o suficiente para evitar se tornar repetitivo. Desta maneira é muito importante a presença de outros jogadores com você, já que eles trazem mais variedade ao jogo (em golpes que podem ser dados em conjunto) além de deixar tudo muito mais dinâmico.
Praticamente tudo que aparece no cenário pode ser usado como arma, de pneus e bastões até membros decepados de seus inimigos (nada mais eficiente do que jogar a cabeça de alguém para decapitar outra pessoa). Você também pode usar suas habilidades especiais para dar golpes mais poderosos. Por exemplo, o vocalista é especialista em gritos supersônicos, o guitarrista por sua vez usa seu instrumento como um machado.
O exército infernal conta até mesmo com robôs gigantes (Foto: Divulgação) (Foto: O exército infernal conta até mesmo com robôs gigantes (Foto: Divulgação))O exército infernal conta até mesmo com robôs gigantes (Foto: Divulgação)
Charlie Murder também possui muitos elementos derivados de RPG. Cada um dos músicos da banda é o estereótipo de uma classe de personagem: o guitarrista funciona como um ladino, causando altos níveis de DPS, já o gigantesco baterista é um guerreiro tanque que consegue absorver muito dano. Além disso, cada inimigo derrotado lhe garante pontos de experiência que podem ser gastos melhorando seu personagem, aumentando seus atributos e aprendendo novos e mais poderosos golpes.
Os jogadores também ganham dinheiro, cerveja e tatuagens, todos eles ajudam na progressão do seu personagem e os tornam ainda mais poderosos. Uma outra adição divertida a jogabilidade é a presença de diversos mini-games, que apesar de entreter, poderiam ser mais elaborados e quebrar efetivamente a monotonia do jogo durante o modo single player.
O visual parece uma clara homenagem a obra de Jhonen Vasquez (Foto: Divulgação) (Foto: O visual parece uma clara homenagem a obra de Jhonen Vasquez (Foto: Divulgação))O visual parece uma clara homenagem a obra de Jhonen Vasquez (Foto: Divulgação)
Batalhas embaladas por muito rock'n roll
Em termos visuais, Charlie Murder é extremamente criativo e interessante. A estética se assemelha muito aos quadrinhos e animações de Jhonen Vasquez (de Johnny the homicidal maniac e Invasor Zim) com um sombrio e sanguinolento aliado a uma boa dosagem de humor negro. A aparência geral é de um título único e que esbanja em estilo e personalidade.
Como o jogo é sobre uma banda de Punk Rock, ele não poderia deixar de ter uma trilha sonora de qualidade. Os desenvolvedores acertaram em cheio neste quesito e nos deram um som visceral e alucinante que trazem ainda mais cadência e personalidade as fases de Charlie Murder. Neste aspecto, o jogo parece seguir a tradição dos demais beat’em up de nossa geração, gravando suas músicas em nossa cabeça por muitas semanas.
Charlie Murder (Foto: Divulgação) (Foto: Charlie Murder (Foto: Divulgação))Charlie Murder (Foto: Divulgação)
Conclusão
Charlie Murder é um dos mais divertidos Beat’em up dos últimos anos, se colocando lado a lado com outros “clássicos” recentes do gênero como Scott Pilgrim e Castle Crashers. Apesar de apresentar uma jogabilidade um pouco repetitiva, o estilo único, tanto nos sons quanto no visual, e a história recheada de humor negro, são motivos bons o suficiente para que você jogue Charlie Murder até o fim. O modo multiplayer local torna o título ainda mais divertido e interessante, tornando-o um jogo essencial para clássicas “noitadas” de games.

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