Prévia: Batman: Arkham Origins
- Mais jovem, Batman enfrenta uma liga de assassinos na véspera do Natal em "Origins"
Como superar o sucesso incontestável de um par de jogos que revolucionou a maneira de encarnar super-heróis nos videogames?
Em vez de buscar a solução para essa pergunta tão difícil, a Warner responde com "Batman: Arkham Origins", que busca construir em cima desse êxito, expandindo, polindo e reinventando a série.
Para isso, novo estúdio e nova época: no lugar do competente estúdio Rocksteady, entra em cena a WB Montreal, que contará uma história do Batman situada nos primeiros anos de sua carreira como vigilante, antes dos eventos de "Asylum" e "City".
Pesadelo antes do Natal
Véspera de Natal em Gotham City e o presente que o destino reserva ao Homem-Morcego não é nada agradável: o vilão Máscara Negra estipulou uma grande recompensa em dinheiro para quem matar o justiceiro, atraindo a atenção de oito dos mais letais assassinos do mundo - ou, ao menos, do universo DC.
ORIGENS
- Os produtores da WB Montreal apontam duas obras das histórias em quadrinhos como principais referências para Arkham Origins: "Batman: Ano Um" mostra o início da carreira do justiceiro mascarado enquanto a linha "Lendas do Cavaleiro das Trevas" mostra episódios isolados que acontecem, em sua maioria, durante a trama de "Ano Um".
O enredo dá vez para explorar personagens que até então não tiveram chance de brilhar na série de jogos, como o mercenário Exterminador, mas também para explicar melhor a relação de Batman com outros vilões, como o pitoresco Pinguim.
Em "City", por exemplo, fica claro que ambos se conhecem há muito tempo, já tiveram outros desentendimentos no passado, enquanto "Origins" passa uma borracha nesta história e mostra as primeiras brigas entre os dois.
Outro aspecto bacana explorado pelo game é o fato de assumirmos desta vez o controle de um Batman em formação. Não se trata de um vigilante novato, mas também não estamos lidando com o maior detetive do mundo no auge de sua luta contra o crime.
Em "Origins", Bruce Wayne mostra muito mais a raiva que o levou a combater o crime, exagerando por vezes na punição aos bandidos. Em outros momentos, a falta de experiência o leva a tomar decisões precipitadas, colocando-o em outras enrascadas. Enfim, não se trata do guerreiro frio e calculista visto nos jogos passados.
Detetive em evidência
A base da mecânica de jogo continua a mesma: Batman enfrenta grupos de vários inimigos simultaneamente e investiga os cenários em busca de itens e pistas que o levem a seu próximo objetivo.
Os combates apresentarão poucas mudanças - "se não está quebrado, não arrume", disse o produtor sênior Ben Mattes à revista Game Informer. Claro, novos golpes e armas estarão presentes, mas a essência do Freeflow continuará a mesma, permitindo investir contra vários bandidos, alternando alvos, golpes e equipamentos com facilidade.
No outro lado da balança, a mecânica de investigação volta bastante revigorada. Batman usa o visor de seu capuz para averiguar o ambiente em busca de pistas, mas desta vez poderá também recriar situações.
Com as informações apuradas pelo cenário, o visor prjeta hologramas que recriam a cena em questão. Batman pode então avançar, pausar, retroceder e até girar ao redor da cena para buscar outros ângulos e procurar detalhes que, a princípio, passaram batido. Em um primeiro momento, lembram um pouco as sequências de Memory Remix de "Remember Me", jogo da Capcom que sai neste ano para PS3, X360 e PC.
Às vezes, uma pista pode exigir que o herói investigue algo em outro local da cidade para só então resolver de vez aquele mistério e, portanto, conseguir avançar na trama. Situações deste tipo aparecerão tanto na trama principal como em missões paralelas, adicionando uma camada extra de complexidade ao que já vimos em "Asylum" e "City" e explorando bem a faceta detetive do Morcego.
Novo Morcego, novos truques
"Arkham Origins" não renega seu legado e compromisso como sequência de um dos jogos de mundo aberto mais aclamados dos últimos anos. Assim, a promessa da WB Montreal é de um mapa ainda maior (o dobro de "Arkham City"!) e muitas missões opcionais durante a jornada.
A Gotham do game apresenta o mesmo velho subúrbio que, mais tarde, virou o distrito penitenciário Arkham City. Claro, aqui tudo é diferente, já que o bairro ainda faz parte da cidade e trata-se de véspera de Natal. Neve cobre ruas e carros, enquanto luzinhas coloridas pontuam as janelas e edifícios, conferindo um visual bem distinto dos games passados.
O complemento é New Gotham, uma área mais moderna da soturna metrópole, com arquitetura arrojada e grandes arranha-céus que prometem criar um contraste bem marcante com Old Gotham.
O mapa aumenta e junto sobe a quantidade de atividades paralelas à disposição dos punhos do Cavaleiros das Trevas. Além dos grupos de assassinos e policiais que o caçam na trama principal, o herói também pode correr atrás de outros vilões à solta. Espera-se que aqui apareçam (ainda que brevemente) figurinhas mais recorrentes, como Coringa, Espantalho e um punhado de outros.
Vale notar, não é sempre o herói que vai de encontro ao crime: muitas vezes, Batman pode trombar com um grupo de bandidos atacando um policial ou outra situação de perigo e cabe ao jogador intervir ou não na situação.
GANCHO
- Pouco foi dito ainda sobre o armamento de Batman em "Arkham Origins". Sabe-se já, porém, que seu inseparável gancho marcará presença, desta vez acrescido de um belo upgrade: o herói consegue com o Exterminador um equipamento diferente que permite prender dois pontos diferentes com uma corda.
Por exemplo, é possível prender um barril e depois enganchar um inimigo para que o objeto seja arremessado no bandido.
O game de ação "Just Cause 2" já apresenta um armamento do mesmo tipo, então quem já jogou certamente reconhecerá o potencial - e a diversão! - que algo assim pode trazer a um jogo do Batman.
Ao estilo de "Far Cry 3", torres de interferência espalham-se pelo mundo, impedindo Batman de visualizar certas áreas do mapa ou mesmo usar a nave Batwing para viajar mais rapidamente de um ponto a outro (uma solução elegante para o fast travel). Algumas exigem que certos inimigos sejam batidos para resolver o desafio, outras demandam um determinado equipamento do Morcegão e assim por diante.
As diversas habilidades do herói serão colocadas à prova também por meio do Dark Knight System, uma série de desafios de dificuldade crescente para serem resolvidos no decorrer da aventura e que rendem pontos de experiência adicionais - algo que já apareceu de forma tímida anteriormente.
Por fim, os produtores dizem que querem integrar os Challenges à narrativa do game. Até então, estes mapas adicionais apareciam como um modo totalmente separado da campanha, mas a ideia é que em "Arkham Origins" eles estejam integrados à aventura e até rendam pontos de experiência.
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