Em 2011, pleno auge do sucesso de “Minecraft”, um desenvolvedor que se identifica pelo apelido ‘Wollay’ iniciou como um passatempo a produção de um projeto batizado de ”Cube World”. A proposta do jogo era simples: misturar os cubos do maior sucesso indie da história às mecânicas de RPGs de ação em mundo aberto como “Skyrim”.
Dois anos mais tarde, ”Cube World”segue em desenvolvimento, mas já está disponível comercialmente – vendido como um software ‘alpha’ – e conquista cada vez mais jogadores através de um modelo de atualizações constantes que lembra o de “Minecraft” em seu início.
Mesmo ainda tendo vários bugs e problemas funcionais, o game já é um pacote consistente e divertido. Como era o caso de sua maior inspiração, porém, seu maior atrativo é a enorme lista de promessas para o futuro, que é exibido em destaque no site oficial do projeto.
- Exploração é o grande foco de "Cube World", que como "Minecraft" tem mundos infinitos.
Um RPG diferente para cada jogador
PERSONALIZAÇÃO
- Jogadores que gostam de criar seus próprios itens e equipamentos se sentirão em casa com "Cube World". No jogo, existem sistemas de criação de armaduras, armas e jóias, além de alquimia e culinária. A cereja no bolo é a função de personalização de armas, que permite aos fãs alterar suas aparência e força acoplando nestas pequenos cubos.
Como seu nome indica, ”Cube World” se passa em mundos feitos de cubos, com visuais simples e coloridos que lembram os de “3D Dot Game Heroes”. Mas os aspectos estéticos não são os únicos de sua descrição que remetem a “Minecraft”. Assim como no sucesso da Mojang, estes mundos são infinitos e gerados aleatoriamente.
‘Wollay’ descreve seu título como sendo um RPG de exploração, no qual jogadores são motivados a constantemente expandir os limites de seu mundo para encontrar novas paisagens, e com elas, desafios, monstros, equipamentos e itens inéditos.
Atualmente, já existem no jogo paisagens gélidas, regiões vulcânicas, planícies verdes, selvas, desertos e oceanos repletos de ilhas, e ele em breve receberá savanas, pântanos, e até mesmo áreas tomadas por mortos-vivos ou dominadas por cogumelos. Fãs podem explorá-las andando, escalando, nadando, velejando ou até mesmo voando com a ajuda de uma asa-delta, e em todas elas é possível encontrar calabouços diversos, como castelos, catacumbas, templos, pirâmides e cavernas submarinas.
TRAILER MOSTRA DIFERENTES CENÁRIOS EM "CUBE WORLD"
Um mundo em expansão
Listar todas as funções que ”Cube World” possui seria um processo bastante demorado, então opto por listar apenas exemplos. O jogo já tem, dentre outros, sistemas de bichos de estimação, de personalização de armas e de confecção e itens. Múltiplas raças, quatro classes distintas (cada uma com duas especializações), dezenas de inimigos e chefes diferentes e até mesmo missões geradas aleatoriamente.
Mesmo com tudo isso, ainda existe a promessa de mais. Uma história, sequências de missões, casas personalizáveis, novas classes, um sistema de evoluções de bichinhos, itens cosméticos e até mesmo combate PvP (completo com rankings online) são algumas das coisas que estão por vir.
‘Wollay’ não demonstra ter intenção de interromper a produção de novidades para seu projeto, que, segundo o próprio, quando completo, será capaz de divertir tanto fãs de títulos no estilo ‘sandbox’, em que não há um objetivo pré-determinado, quanto os que preferem experiências mais lineares.
- O mapa de "Cube World" reproduz todos os detalhes dos cenários ao redor do jogador.
Ação pensada
Se o fator ‘liberdade’ é promovido como a maior bandeira levantada pelo jogo, ele não poderia deixar de aparecer também em seu sistema de combate – que é onde as semelhanças com “Skyrim” tornam-se evidentes.
EXPLORAÇÃO EM GRUPOS
- Atualmente, "Cube World" já permite que grupos de até quatro jogadores cooperem explorando mundos juntos via conexão local ou online. No site oficial do jogo, porém, 'Wollay' proclama sua intenção de integrar à experiência suporte a servidores massivos, como os de "Minecraft", que permitem quantidades maiores de jogadores simultâneos.
Os embates em ”Cube World”são ‘soltos’. Não há trava de mira nos oponentes ou um sistema simples para desvio de investidas inimigas. Controlando personagens de uma das quatro classes disponíveis, os jogadores devem ter reflexos rápidos e muita precisão em seus comandos para obter sucesso, aproveitando-se de um sistema de combos que amplifica o dano – principalmente nos confrontos contra chefões.
Igualmente livre é o sistema de progressão através de pontos de experiência, que permite que jogadores incrementem a força de seus heróis infinitamente. Não há um limite de níveis ou de pontos gastos em habilidades. Mas isso não quer dizer que existe poder infinito. Ao invés de progredir linearmente, os heróis ganham mais força por pontos gastos no início de suas aventuras, e depois estes passam a valer cada vez menos, sem que os valores numéricos cheguem ao um hipotético ‘ponto máximo’.
EXPLORAÇÃO É O FOCO DESTA APRESENTAÇÃO EM VÍDEO
Um investimento
Mesmo incompleto, ”Cube World” já diverte. Assim como foi “Minecraft” para seus primeiros compradores, que contentavam-se em explorar mundos sozinhos e com poucas ferramentas à disposição, porém, comprar o jogo agora é um investimento no futuro.
‘Wollay’ demonstra que tem grandes planos para o jogo ao afirmar que pretende lançá-lo não apenas para Mac, mas também para consoles e possivelmente portáteis.
Por ora, ”Cube World” é exclusivo de PC, e pode ser comprado através de seu site oficial por US$ 20.
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