O NBA Live 14 finalmente chegou para os consoles da nova geração. Desde 2010 a série NBA Live não tem um título lançado. A EA Sports decidiu frear todo o desenvolvimento da franquia após ser ultrapassada pelo NBA 2K, da 2K Sports. Mas, em 2013, com o lançamento da nova geração de consoles, NBA Live retornou. Porém os resultados apresentados deixaram o NBA Live 14 ainda mais longe de NBA 2K14. Leia o review completo abaixo.
Quando a EA Sports anunciou o retorno da franquia NBA Live, voltada para a geração do PlayStation 4 e do Xbox One, os fãs da série, que fez muito sucesso, entre os anos 90 e início dos anos 2000, vibraram. Mas, todos sabiam que a missão não seria fácil, porque o nível estabelecido pela 2K Sports como referência com o seu NBA 2K é bem alto. Porém, nem o mais pessimista dos fãs esperava que o abismo entre eles seria tão grande.
Gráficos não impressionam
Primeiramente, não há como não comparar NBA Live 14 com NBA 2K14, já que foi para tentar retomar seu lugar no mercado, “roubado” pelo rival, que a EA Sports trouxe a sua série de basquete de volta à vida. Dito isso, o primeiro aspecto a ser notado é o visual. A experiência gráfica proporcionada por NBA Live 14 não é ruim, mas não é estonteante, e incrivelmente próxima da realidade, como a do NBA 2K14.
Os jogadores não são tão parecidos, os detalhes nas quadras deixam a desejar, e neste quesito só se salva a licença que o game tem da ESPN, que transmite os jogos, e deixa, com placares e animações, o visual das partidas idêntico ao das rodadas da NBA real. O resto é só decepção. Para um jogo da nova geração de consoles, o visual não deixa nem um pouco o usuário de queixo caído, o que deveria ser o mínimo.
Os torcedores são mal feitos, os gráficos in-game são simples, os nomes dos jogadores que estão sendo controlados aparecem em uma fonte que lembra a do Fifa 94, e nem os replays, onde normalmente o visual dos jogos se destaca um pouco mais, a coisa ganha mais relevância. Este aspecto é, realmente, uma enorme decepção para quem compra o NBA Live 14 para o PS4 ou Xbox One.
As expressões faciais dos jogadores são sempre as mesmas, quase não variam mesmo de acordo com as jogadas. As interações da torcida e do banco também são mornas. Só o menu, bem trabalhado e seguindo os moldes de Fifa e Madden, e a transmissão, com a cara da ESPN, salvam o trabalho visual de NBA Live 14. É muito pouco para uma série de renome e que ficou tanto tempo afastada.
Jogabilidade é péssima
Mas se você acha que está ruim, ainda piora. Para quem é fã de basquete, a jogabilidade seria muito mais importante do que o visual. E jogabilidade costuma ser o forte da EA; só olhar para Madden e Fifa. Só que esta qualidade padrão da empresa não se repetiu neste lento e robotizado NBA Live 14, que passa longe da dinâmica do basquete da NBA.
O jogo simplesmente não é dinâmico, os comandos demoram a ser feitos, o sistema dos dribles é claramente inspirado no NBA 2K14, mas não tem o modo intuitivo do rival, o jogo no poste baixo não tem opções, o pick and roll não pode ser customizado, faltam jogadas ensaiadas, há tocos e enterradas demais e arremessos de longe quase nunca entram.
No modo de jogo em que você cria um personagem, então, as dificuldades de adaptação aparecem ainda mais claras. Afinal, você perde pontos de avaliação por coisas simples – como errar um arremesso, por exemplo. E como a jogabilidade não ajuda, é complicado demais fazer uma carreira de sucesso.
Até a própria transmissão, no estilo da TV, que agrada visualmente, em termos de som não é das melhores. Os comentários são repetitivos, muitos têm apenas dados e nada do jogo em tempo real, e, na maioria das vezes, usa-se mais termos como “esse time” ao invés do nome da equipe e fala-se pouco os nomes dos jogadores.
É uma pena que, mesmo após tanto tempo, a EA Sports tenha desenvolvido um jogo que não honre em nada a tradição da série NBA Live e que não tem a menor chance de fazer sequer sombra ao NBA 2K14, que recentemente levou a premiação do VGX como Melhor Jogo de Esporte de 2013 – merecidamente, por sinal.
Só os modos de jogo salvam
E o pior de tudo: os modos de jogo são ótimos. Mas, de nada adianta se o visual não é legal e a jogabilidade é ruim. O Ultimate Team, por exemplo, jogo que mistura o esporte e um trading card game, é sucesso no Madden e no Fifa, e chegou ao NBA Live. Há ainda o Dynasty, para controlar uma franquia, e o Rising Star, de criar seu jogador.
Este último, inclusive, é bem semelhante ao MyCareer do NBA 2K, inclusive na sequência dos fatos, como jogar uma partida de exibição para depois ser draftado. O que chama um tanto a atenção é o Moments, que permite recriar alguns momentos da temporada real da NBA no console. É bastante interessante, assim como os desafios de habilidade.
Conclusão
A EA tinha que causar um impacto positivo com o retorno de NBA Live 14. O jogo não precisava ser melhor que o NBA 2K14, mas pelo menos incomodar. Mostrar que “a gigante acordou” no basquete. Mas ficou longe disso. A volta da franquia só a repõe no lugar onde estava: anos-luz de distância da principal rival. Os gráficos não impressionam, a jogabilidade é ruim e só os modos de jogo e o estilo de transmissão semelhante ao das partidas que passam na TV salvam. O problema é que em termos de basquete, NBA Live 14 não lembra em nada a vida real.
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